Madeira vai ter cães no aeroporto para detetar pessoas infetadas com Covid-19

O Governo da Madeira está a desenvolver um projeto com recurso a cães farejadores para deteção de pessoas infetadas com SARS-CoV-2 no aeroporto, anunciou esta terça-feira o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.

“Estamos já a trabalhar em cooperação com os tratadores e, obviamente, será uma das áreas que estamos a desenvolver e que, em primeiro lugar, será, talvez, instalado no aeroporto”, disse à Lusa, indicando que o projeto está ainda em fase de ensaio e que deverão ser utilizados dois cães.

“Estes cães estão dotados da capacidade de detetar se a pessoa é portadora ou não portadora do vírus”, explicou, admitindo que, se o projeto for bem-sucedido, o governo regional poderá suspender a obrigatoriedade de apresentação de teste PCR negativo para entrada na região, em vigor desde 01 de julho de 2020.

Miguel Albuquerque reforçou que esta “nova metodologia”, cujo enquadramento legal será revelado mais tarde, tem uma “grande fiabilidade”.

“Já estão a utilizar [cães farejadores] em alguns países e nós queremos fazer um ensaio aqui na Madeira”, disse, reforçando: “Vamos fazer esse ensaio piloto. Não vamos generalizar, mas é um ensaio piloto que pode resultar. É algo que nós queremos experimentar”.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 350 casos ativos de covid-19, num total de 8466 confirmados desde o início da pandemia, e 71 óbitos associados à doença.