Celebra-se hoje, 18 de novembro, o Dia Europeu do Antibiótico e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários (APIFVET) reitera a importância de uma utilização responsável de antibióticos, não só nos animais de produção, mas também nos animais de companhia.
Os antibióticos têm um papel fundamental na medicina e na saúde pública, quer na Medicina Humana, como na Medicina Veterinária.
Porém, a resistência antimicrobiana (RAM) tem vindo a revelar-se uma ameaça global, visto que quando as bactérias desenvolvem uma resistência aos antibióticos, pode haver um maior risco de existir uma doença grave associada a infecções simples e tratáveis.
De acordo com a legislação em vigor na União Europeia, a utilização de antibióticos em animais só é possível mediante a prescrição por parte de um Médico Veterinário.
No entanto, afirma Mário Hilário, Presidente da APIFVET, “é crescente a preocupação relativamente à automedicação e venda sem receita médico-veterinária de antibióticos”.
Posto isto, acrescenta, “é de uma importância extrema, sensibilizar a população para que esta indicação seja respeitada.”
Os antibióticos são a única forma de curar uma doença bacteriana; atualmente não existe uma alternativa.
Assim, é importante alertar para que o uso de antibióticos seja realizado com o melhor critério possível, mas sempre que necessário – avaliação que deve ser feita por um Médico Veterinário e sob a sua responsabilidade.
A prevenção é, também, uma estratégia eficaz para garantir um uso controlado de antibióticos, identificando os problemas de saúde atempadamente e tratando-os com rapidez e responsabilidade, e dando utilidade a recursos como a vacinação, nutrição e antiparasitários.
Face a esta preocupação, que tem na sua base a resistência antimicrobiana, a APIFVET reforça ainda “a importância de identificarmos a Saúde Pública pelo conceito de “Uma Só Saúde”, que defende que a saúde humana, animal e ambiental estão interligadas e que, de uma, dependem todas. O uso inadequado de antibióticos promove a propagação de bactérias resistentes a antimicrobianos, contribuindo assim para o aumento de potenciais riscos para a saúde pública”.