Já está nas livrarias uma nova edição de “Cão Como Nós”, de Manuel Alegre, que se distingue de todas as anteriormente publicadas porque assinala os 20 anos desse livro tão especial na obra do autor e, de certo modo, na literatura portuguesa.
Um livro que encanta e comove leitores de todas as idades, que é há muito um best-seller, com mais de 30 edições e superando os 200 mil exemplares vendidos, e que agora é publicado numa edição em capa dura, enriquecida com nove desenhos de Bárbara Assis Pacheco e um prefácio de Clara de Rocha.
O cão de que aqui se fala é Kurika, um Epagneul Breton com manchas castanhas e uma espécie de estrela branca no meio da cabeça, o cão de Manuel Alegre, que o acompanhava para todo o lado, nas idas à caça ou em simples passeios, o cão rebelde, desobediente, caprichoso, o cão que não queria ser cão, queria ser como nós.
O cão que o autor transformou em personagem principal de uma história onde estão presentes os conceitos da solidariedade, da lealdade e do afeto e que começa assim:
“Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.”
“Cão Como Nós”, publicado pela primeira vez pela Dom Quixote em 2002, está igualmente editado em Espanha, Itália, Alemanha e Brasil.