O dia 12 de outubro é o Dia Mundial da Osteoartrite, uma patologia grave que afeta mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo e também os nossos animais de companhia.
O que é a osteoartrite?
A osteoartrite (OA) é uma degradação progressiva de uma articulação sinovial. Trata-se de uma patologia silenciosa que limita gradualmente a qualidade de vida de quem sofre desta doença.
Não é uma doença exclusiva dos humanos, uma vez que afeta igualmente os animais de estimação, tanto cães como gatos.
25% dos cães sofre de osteoartrite
A OA é uma patologia grave que afeta mais de 500 milhões de pessoas, segundo as estimativas da OMS, ou seja, cerca de 7% da população mundial sofre de OA.
No caso dos cães este número sobe para quase 25%. Em Portugal existem 2 milhões de cães, dos quais 500.000 (25%) sofrem de osteoartrite.
Como se manifesta a OA?
A OA, sobretudo nos cães, não se manifesta da mesma forma que nos humanos, uma vez que a causa não é a mesma. A diferença é que a doença aparece habitualmente a partir dos 65 anos nos humanos, algo que não se sucede nos cães.
Os cães podem começar a desenvolver esta doença nas articulações a partir dos cinco meses. Por isso, é muito importante vigiar, desde tenra idade, os sinais de alerta da doença e consultar o médico veterinário.
Predisposição para sofrer de OA
Segundo Diego Novoa, especialista em traumatologia e ortopedia do Hospital Veterinário de Montjuïc, em Barcelona: “Existem algumas raças que sofrem desta patologia com mais frequência. Contudo, temos observado que já não é apenas uma questão de raça, uma vez que quando começámos a investigar raças diferentes, incluindo animais mestiços, encontrámos igualmente estas patologias.”
A deteção e o tratamento precoce são essenciais
A OA é uma doença crónica e irreversível que não pode ser prevenida e não tem cura. Por isso, é muito importante o diagnóstico precoce, para que a evolução seja o mais lenta possível durante a vida do animal.
Mais de metade dos casos de OA não são diagnosticados até os cães terem entre 8 e 13 anos de idade.
Qual o tratamento?
É possível melhorar a qualidade de vida do animal, graças a um tratamento multimodal. É um trabalho de equipa, em que tanto o tutor como o médico veterinário têm de trabalhar juntos, para ser possível tratar a dor e o animal melhorar o seu estado de saúde.
Nos últimos anos, tanto o diagnóstico como o tratamento evoluíram. É comum tratar o problema com anti-inflamatórios, acompanhados de reabilitação, controlo do peso, exercício e controlo em casa. Graças a estes fatores, é possível obter-se o melhor resultado final e abrandar o avanço da doença.
Quais os sinais a estar atento?
Os sinais para detetar a doença podem ser coxear ou mudança de comportamento, como tristeza ou, até mesmo, agressividade.
Diego Novoa explica que “falta alguma consciência e informação para os tutores no que diz respeito ao impacto desta doença nos seus animais de estimação. É importante que o tutor saiba mais sobre esta doença, pela dor que provoca e que é prejudicial para o animal. O envolvimento do tutor e a consciência de que é algo para toda a vida do animal são aspetos igualmente importantes.”
Manifesto para a melhoria dos tratamentos das dores articulares em animais de estimação
Para apoiar o Dia Mundial da Osteoartrite, e para sensibilizar as pessoas para este problema, a ELANCO promove o Manifesto para a melhoria dos tratamentos das dores articulares em animais de estimação durante todas as fases das suas vidas.
1. A osteoartrite afeta igualmente os animais.
A ELANCO juntou-se à comemoração do Dia Mundial da Osteoartrite, de forma a promover igualmente o conhecimento sobre o seu impacto nos animais de estimação.
2. Em todas as fases da vida.
A osteoartrite pode surgir desde tenra idade, quando os nossos animais são muito jovens. Anteciparmo-nos e sabermos detetar os primeiros sintomas são aspetos importantes para o controlo terapêutico da doença.
3. Controlar a dor é possível.
A osteoartrite é uma doença degenerativa e irreversível para a qual existem tratamentos eficazes que são capazes de atenuar a dor e melhorar substancialmente a qualidade de vida dos nossos cães.
4. O veterinário é o nosso melhor aliado.
A visita periódica a um veterinário é a melhor ferramenta de deteção e de tratamento. Procure sempre um veterinário para garantir a saúde do seu animal de estimação.
5. Momentos que importam.
Brincar, correr ou saltar deixam de ser momentos agradáveis se o nosso cão sofrer de problemas articulares. Temos de estar atentos a estas alterações no seu comportamento e informar o nosso veterinário dos mesmos.
6. Evitar o stress.
Existem tratamentos diários aos nossos animais de estimação, o que contribui significativamente para a redução do stress e da sua melhor dosagem.
7. Amor por amor.
Os nossos animais dão-nos sempre o melhor de si e, por isso, devemos dar o mesmo em troca, evitando a dor e garantindo-lhes a melhor vida possível.