Estudos recentes sobre a população de animais de estimação mostram que cães pequenos (entre 5 e 10 kg) e muito pequenos (entre 1 e 5 kg) estão cada vez mais presentes nos lares, desempenhando um papel importante no núcleo familiar.
Dados mostram que esses cães são companheiros de vida muito apreciados pelos seus tutores, principalmente em ambientes urbanos, onde é possível notar as sua presença nas ruas das cidades.
Cerca de dois milhões dos lares portugueses, possuem pelo menos um animal de estimação e estes pequenos começam a ganhar o seu próprio espaço dentro das habitações.
Existe uma tendência para optar por cães cada vez mais pequenos, tendência verificada também noutros países, como Espanha ou Brasil.
Isto porque são animais que se adaptam facilmente às rotinas familiares e cujos cuidados e necessidades podem ser mais fáceis e acessíveis de satisfazer comparativamente a cães de maior porte (como exercício, espaço, esforço económico, etc.).
Como são as raças pequenas?
“Cada animal de estimação é único e tem necessidades específicas, contudo há determinadas características comuns aos cães mais pequenos.”, destaca Thierry Correia, médico veterinário do departamento de comunicação científica da Royal Canin. Compreender essas particularidades pode ser muito útil para seus tutores na momento de adaptar os seus cuidados e nesse sentido, a Royal Canin destaca algumas dessas características.
» Atividade e espaço, sim mas menos
O exercício físico é necessário para todos os cães. Contudo, os de menor porte não precisam de uma atividade tão intensa quanto os maiores. Por outro lado, também requerem menos espaço, por isso tendem a adaptar-se facilmente a rotinas e estilos de vida mais urbanos.
» Mais sensíveis
Esta característica deve ser tida em consideração ao definir os seus cuidados. Aspetos tão importantes como a nutrição e a tendência para formar tártaro e problemas urinários, são exemplos claros disso.
» Maior esperança de vida
Os cães mais pequenos têm uma esperança média de vida mais longa do que cães maiores. Aspeto muito positivo, no entanto, implica a necessidade de ir adaptando os cuidados em função da fase de vida em que se encontram.
» Elevadas necessidades energéticas
Proporcionalmente precisam de mais calorias que os cães maiores de forma a manter a sua temperatura corporal e todas as suas funções orgânicas.
» Maior propensão para problemas cardíacos
É uma característica específica de cães muito pequenos, principalmente as lesões valvulares.
» Problemas de tártaro
São mais propensos à formação de tártaro e a problemas dentários inerentes. Isto deve-se às suas pequenas mandíbulas e à sua estrutura dentária que aumentam a probabilidade de acumular tártaro e placa bacteriana.
» Sensibilidade urinária
Os cães mais pequenos tendem a sofrer de cálculos urinários, uma vez que a sua urina é mais concentrada, o que favorece a formação de cálculos e alterações do trato urinário.
» Maior nível de stress
Como estão muito presentes nas cidades, podem ser submetidos a diversas situações de ansiedade e desafios de adaptação às alterações de ambiente.
Todos estes fatores que geralmente podem ser associados a raças mais pequenas, determinam em grande parte o tipo de cuidado de que precisam. Os tutores revelam cada vez mais uma maior preocupação com o estado de saúde dos seus animais de estimação e nesse sentido, a nutrição é uma aliada fundamental para alcançar o bem-estar desses cães.
Uma alimentação adequada pode ajudar a mitigar ou prevenir o aparecimento de muitos dos problemas associados às sensibilidades. Por exemplo, um alimento concentrado em energia será uma boa forma de mantê-los em perfeita forma física ou um alimento com um suprimento adequado de sais minerais ajudará a manter o sistema urinário saudável.
Por: Royal Canin