O osteossarcoma é um tumor ósseo doloroso e agressivo, que se sabe ser mais comum em algumas raças. Uma nova pesquisa confirmou que raças de maior porte, como o Rottweiler, Dogue Alemão e Leão da Rodésia, têm um maior risco de osteossarcoma do que raças pequenas. Também demonstrou que raças com crânios e pernas mais curtas têm um menor risco de osteossarcoma.
O estudo, liderado pela University of Bristol Veterinary School em colaboração com a Cardiff University e o Royal Veterinary College (RVC) London, usando dados da VetCompass™ e histologias do Veterinary Pathology Group (VPG), analisou a epidemiologia de quais as raças caninas que desenvolvem osteossarcoma e o que significa para o bem-estar canino.
Este artigo também demonstrou os enormes benefícios de estudar cães como modelo de estudo deste cancro.
O estudo incluiu 1.756 amostras laboratoriais de cães com osteossarcoma confirmado em comparação com 905.211 cães sob cuidados veterinários na base de dados da VetCompass™ durante 2016.
A equipa constatou que 16 raças, maioritariamente de grande porte, tinham um risco acrescido de osteossarcoma em comparação com raças cruzadas.
Oito raças, maioritariamente raças pequenas, incluindo o Jack Russell Terrier, Border Terrier, Bichon Frisé, Bouledogue Francês e Cavalier King Charles Spaniel, tinham um risco reduzido de osteossarcoma comparado com raças cruzadas.
O estudo também comparou várias medidas de massa corporal e comprimento da perna, e confirmou descobertas anteriores de cães mais pesados com pernas mais longas e formato de crânio mais longo correm um maior risco de tumor ósseo.
Os resultados podem ajudar a alterações na questão de saúde das raças, especialmente em raças com predisposição como o Rottweiler, Dogue Alemão, Leão da Rodésia, Mastiff e Braco Alemão.
Considerando que estudos anteriores identificaram raças de alto risco para tumores ósseos, este estudo é novo por ser capaz de identificar raças de menor risco, devido ao grande tamanho da população de estudo.
As raças identificadas podem ser estudadas e comparadas para reconhecer novas diferenças genéticas que causam tumores ósseos.
As descobertas de que os tumores ósseos são mais comuns em determinadas raças e conformações indicam que a genética do cão tem um papel no desenvolvimento do tumor ósseo.
Esta ligação entre a biologia da conformação e a biologia dos tumores ósseos em cães oferece oportunidades valiosas para estudos futuros sobre o que causa o desenvolvimento de tumores ósseos, e como podem ser tratados no futuro.
O osteossarcoma pode afetar qualquer raça canina. No entanto, donos de raças de alto risco devem estar especialmente alertas a sinais da doença. Estes incluem claudicação e inchaço ósseo doloroso, e os donos devem contactar o seu veterinário.