O desenvolvimento do cachorro Dogue de Bordéus

Nada se compara à beleza de um cachorro da raça Dogue de Bordéus no mundo canino, mas tal como em todas as raças a sua aquisição acarreta despesas e disponibilidade de tempo para ele.

É uma raça que se encontra no grupo dos molossóides, logo a sua compleição óssea só ficará completamente formada por volta dos 24 meses de idade.

Para perceber melhor o seu crescimento, um bebé da raça Dogue de Bordéus nasce a pesar entre os 600 e os 800 gramas mas, facilmente, em 6 meses ascende aos 40-45 kg, aos 18 meses terminará o crescimento em altura e, nesta fase, um macho poderá estar a pesar entre os 55 e os 70 kg.

Iann Dior da Casa dos Sekinhos (3 meses)

No entanto, o seu desenvolvimento, por norma, só termina aos 3 anos de idade, pois é quando um molosso atinge a maturidade, e aí sim teremos o peso final do nosso companheiro.

De acordo com o estalão da raça, em adulto, o peso mínimo de um macho é de 50 Kg, medindo entre 60 a 68 cm à cruz. Nas fêmeas o peso mínimo é 45 Kg, medindo entre 58 a 66 cm à cruz. Estes são os valores descritos no estalão, mas os machos podem atingir os 80 Kg, depende do tipo de linhagens de sangue utilizadas pelo criador.

É essencial os donos terem alguns cuidados durante a fase de crescimento, e zelar sempre pela saúde e bem estar do cachorro. Quando o proprietário descura esses cuidados, o cachorro poderá crescer de forma errada.

Ghostfacekillah da Casa dos Sekinhos (6 meses)

Alimentação do cachorro
A sua alimentação deve ser bastante equilibrada e rica em nutrientes, para este crescer de forma saudável e sustentada, normalmente isso é possível com uma boa ração.
Deve procurar uma ração super premium com cereais para raças grandes. As rações sem cereais, normalmente, têm proteína em excesso para este tipo de raças.
O cachorro deve ter o peso ideal, nunca sobrepeso. A melhor forma de o conseguir é seguir a dosagem diária recomendada na embalagem da ração e/ou tentar aconselhar-se junto do médico veterinário.

Viver no interior ou no exterior?
Sendo a função da raça a guarda, prefere viver no exterior desde que existam abrigos para que se possa abrigar de intempéries ou temperaturas extremas.
Adapta-se facilmente a viver dentro de casa, mas para que essa adaptação seja mais fácil, enquanto cachorros, devem ter sempre brinquedos à sua disposição, para que no tempo em que estão mais ativos não procurem os móveis e outros objetos de casa para roer. No mercado existe uma panóplia de brinquedos que facilmente os podem distrair durante horas.
Em adulto, passa o tempo deitado a fazer as suas sestas, mas quando algo de estranho acontece dentro do seu espaço (património do dono) liga automaticamente o modo guarda. Quando os donos chegam a casa, normalmente, entra em euforia e enche-nos da sua baba característica de tanta felicidade.
Os Dogue de Bordéus adoram sentir a presença do dono por perto e isso basta para que estejam calmos e com uma sensação de conforto, só se ativam quando têm companhia de outro animal ou do dono a estimular

Atenção ao tipo de piso!
O cachorro não deve estar num piso escorregadio, porque irá procurar posições não corretas para se tentar equilibrar. Nesta situação, com o crescimento, os aprumos do cachorro ficam mal formados.
O dono deve tentar ao máximo que o Dogue de Bordéus não corra em sítios arenosos até aos 15 meses. Muitas das vezes são os causadores das displasias de anca e cotovelo.

Havoc da Casa dos Sekinhos (5 meses)

Necessidades de exercício
Fazendo parte das raças braquiocefálicas nunca devemos levar um cachorro Dogue de Bordéus à exaustão. As caminhadas de longa duração poderão ter como consequência lesões a nível muscular e de tendões.
Os novos proprietários devem brincar e passear aumentando gradualmente o tempo de duração, mas sempre atentos à sua condição física durante a atividade. Se necessário deve parar e até mesmo refrescar o animal para que este se recomponha.
Nos dias de muito calor, sejam eles cachorrinhos ou adultos, devemos resguardá-los, pois podem sofrer um golpe de calor e se não forem socorridos de forma correta e atempada poderá ser fatal.
O Dogue de Bordéus não é um desportista nato, mas proporciona passeios agradáveis e calmos aos seus proprietários.

O treino do cachorro
Um Dogue de Bordéus, quando criado por um criador responsável, não exige grandes treinos, porque a predisposição da raça faz com que a sua lide não seja muito complicada.
Daí ser necessário que o cachorro permaneça com a progenitora e os irmãos até às 8 semanas de idade, durante essa fase está a moldar-se tanto a nível de sociabilização como de caráter. Na maior parte das vezes quando assim não acontece poderão advir dessa carência vários problemas a nível comportamental durante o crescimento e em adulto.
Quando tudo corre dentro das normas, o novo proprietário deve desde cedo impor limites e iniciar as vozes de comando e truques (como o senta, deita, dá a pata, etc.) quando o animal atinge os 6 meses.

Coabitação com outros animais
Normalmente, se o novo lar já tiver animais ele adapta-se com alguma facilidade. Se o novo animal chegar depois, devido ao seu tamanho e força, a apresentação deve ser feita de forma faseada até que o dono sinta que os pode deixar à vontade.
O dono deve sempre passear e estimular o cão de forma a que os níveis de stress e frustração baixem ou desapareçam para que tudo corra sempre sobre rodas…

Halcali da Casa dos Sekinhos (13 meses)

Um fantástico cão de companhia
Dado o seu porte, é normal ficar um pouco apreensivo, mas o Dogue de Bordéus além de guardião é um excelente cão de companhia.
Consegue adaptar-se a qualquer tipo de quotidiano, apesar do seu porte médio-grande, tanto pode viver numa casa com muito espaço como até mesmo num apartamento, desde que haja sempre tempo para as suas necessidades fisiológicas.
Por vezes não tem noção do seu tamanho e como é muito brincalhão, em cachorro, pode magoar uma criança sem intenção, daí ser sempre necessária a supervisão de um adulto no caso das crianças serem muito pequenas.
À medida que vai amadurecendo começa a ter outra perspetiva e as brincadeiras estonteantes passam a brincadeiras mais comedidas, passa a exigir algumas festas, mas principalmente a só presença do dono irá saciá-lo.

Por: Nelson Costa do afixo “Casa dos Sekinhos”
Fotografias de exemplares do afixo ou propriedade do autor.

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