A construção da Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal (PATA) está na reta final, estando em funcionamento nos próximos meses. A obra do edifício estará concluída em março, e a ela seguir-se-á a instalação dos respetivos equipamentos.
A PATA vem colmatar algumas necessidades há muito sentidas pelo Centro de Reabilitação Animal de Gaia (CRA), nomeadamente ao nível da falta de espaço e de celas.
O edifício inclui, também, um espaço destinado à formação, bem como uma zona lúdica mais ampla onde os animais possam circular e fazer determinado tipo de treino.
Esta infraestrutura, que resulta de um investimento municipal de 1,3 milhões de euros, vai, deste modo, acrescentar mais valências à atual oferta do Município de Gaia.
Enquadrada numa área verde, em Avintes, nas proximidades do Parque Biológico, com uma área de cerca de 36.000 m2 (quatro vezes mais do que as atuais instalações do CRA), a PATA estará estruturalmente dividida em três grupos:
» Formar: tem acesso pelo interior e é independente pelo exterior, permitindo o seu uso mais flexível e autónomo dos horários de funcionamento do equipamento. Destina-se a um centro de formação vocacionado, sobretudo, para ações de sensibilização contra o abandono dos animais, bem como sobre os cuidados a ter com os mesmos;
» Cuidar: destinado a áreas administrativas, de tratamento e de apoio ao alojamento dos animais, incluindo, ainda, um gatil;
» Alojar: são os edifícios anexos que ocupam as posições mais reservadas e protegidas, de modo a garantir o bem-estar dos animais. Destina-se ao seu alojamento, oferecendo maior capacidade do que a atual e contando, ainda, com algumas novidades, como a maternidade, uma área de recreação e um parque canino.
A PATA terá, assim, as valências necessárias para os cuidados e tratamentos dos animais, contribuindo para uma melhoria das suas condições.
O Município de Gaia tem dado particular atenção aos animais, especialmente à problemática do abandono. A funcionar junto às oficinas municipais, até à abertura da PATA, o CRA tem promovido a adoção de cães e gatos que são recolhidos pelo Município, no decorrer das suas obrigações legais, bem como aqueles que são entregues pelos munícipes, porque se assume sempre que “todos têm potencial para serem adotados”.
Porém, e uma vez que previamente é feita a sua reabilitação, quer a nível físico, quer comportamental, as suas estadias com os tratadores e veterinários são frequentemente prolongadas durante vários meses, enquanto esperam por uma nova família.
Paralelamente, são ainda promovidas iniciativas de interação com a comunidade, sensibilizando a população para a problemática do abandono dos animais, dando informação relativamente aos cuidados essenciais de maneio e profilaxia higio-sanitária a ter com os animais e dando a conhecer aos respetivos detentores das obrigações legais a que se encontram sujeitos.
Devido à pandemia, estas ações são mais pontuais, mas o objetivo continua a prevalecer: promover a adoção responsável de um animal de companhia, um companheiro para a vida.