A Polícia Judiciária deteve um homem fortemente indiciado pela prática de inúmeros incêndios florestais em Valongo e Baltar, e há suspeitas da sua ligação ao incêndio de Santo Tirso, que vitimou dezenas de animais na Serra da Agrela.
A Polícia Judiciária, com a colaboração de diversas entidades, designadamente o Grupo de Trabalho do Norte de Redução das Ignições Florestais, a GNR, a ANEPC, ICNF, Bombeiros Voluntários e Autarquias locais, procedeu no dia de hoje à detenção em flagrante delito de um indivíduo indiciado por mais de 30 incêndios florestais, ocorridos na zona de Sobrado – Valongo e Baltar.
Em comunicado, a PJ explica que “o detido, de 29 anos de idade, tem antecedentes policiais por crime de incêndio florestal” e que “os incêndios terão sido provocados com recurso a isqueiro”.
Com a profissão de eletricista, o detido “conciliava tal atividade com a constante circulação, de dia e de noite, nas zonas florestais, efetuando múltiplas manobras evasivas e condução errática, presumivelmente para despistar as autoridades”.
“A permanente deflagração de ignições florestais nas zonas de Valongo e Baltar, tem originado um esforço considerável por parte dos Bombeiros e entidades responsáveis pela conservação da floresta”, acrescentam.
Segundo o comunicado da PJ, o detido poderá estar ligado ao “caso do incêndio que vitimou dezenas de animais, num abrigo em Agrela – Santo Tirso”, pois este incêndio teve origem em Valongo e “a imputação de também esta ignição está a ser avaliada pela investigação”.
Vai ser presente à competente autoridade judiciária, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Leia também:
» Dezenas de animais carbonizados em abrigo na Serra da Agrela
» Município lamenta a morte de 54 animais no incêndio na Serra da Agrela
» Foram realojados 190 animais resgatados dos dois abrigos