As cores da pelagem são um dos assuntos mais polémicos e controversos na raça Bouledogue Francês.
Todos os criadores e amantes da raça devem seguir escrupulosamente o estalão de raça estabelecido pela Federação Cinológica Internacional (FCI) para não haver desvirtuação da mesma.
O estalão da FCI diz que a pelagem deve ser curta, densa, brilhante, suave, sem subpelo. De cor fulvo (fawn), tigrado ou não, com ou sem marcações brancas.
O fulvo pode variar de tom desde o vermelho vivo e intenso ao café-com-leite e o dourado claro quase creme. Os exemplares fulvos, nas suas diferentes tonalidades, podem ter ou não máscara preta, com preferência para os exemplares com máscara.
No fulvo com marcações brancas, também chamado de “fawn and white”, as marcações devem estar distribuídas por todo o cão. O nariz é sempre preto, nunca castanho ou azul.
Os exemplares tigrados têm listas negras em grau variável de repetição e grossura, que preenchem o fundo fulvo. Podem ter máscara preta.
Os exemplares tigrados e brancos, também chamados de “pied”, possuem várias marcações tigradas com fulvo em fundo branco.
Pequenas pintas escuras em cães “pied” são chamadas de ticking e não são desejadas.
Os exemplares completamente brancos sem marcações são classificados dentro dos “pieds” para fins de Exposições Caninas. Nos exemplares brancos o contorno dos olhos e o nariz são pretos – são admitidos, mas não podem ser usados como reprodutores, por causa do risco de surdez.
As diferenças de pelagem que existem na raça Bouledogue Francês devem-se a estas variações de marcações. São infinitas as variações de tipos de marcação, de padrão, tamanho e localização.
Entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, criadores do leste europeu começaram a vender cores novas, como se fossem raras e exóticas, apelidando-as de “Mutações de cores”. Em pouco tempo, essa novidade espalhou-se pelo mundo, como se fosse uma moda!
Moda esta que sai cara, não só na aquisição do exemplar, mas também durante a vida deste, pois a mutação de cores normalmente vem acompanhada de doenças e deformações.
As cores exóticas nascem do cruzamento do Bouledogue Francês com outras raças até à obtenção das cores desejadas, posteriormente são efetuados acasalamentos endogâmicos fechados, para fixar a cor desejada e uma aparência muito próxima com a de um Bouledogue Francês puro.
Os cães de cores exóticas apresentam diversos desvios do estalão além da cor. Possuem inúmeros problemas físicos como: maus aprumos, olhos estrábicos, narinas fechadas, patas disformes, surdez e problemas de pele, entre outros. Consequência de uma criação que não se importa com o bem-estar físico e mental dos cães, e só visa o lucro.
As cores não reconhecidas pelo estalão da raça Bouledogue Francês da FCI são motivo de desclassificação em Exposições Caninas.
Cores não reconhecidas: tricolor; preto e castanho (black and tan); preto (diferente de tigrado escuro); marron ou chocolate; azul ou cinza (blue); fulvo e azul (blue fawn); merle; e totalmente branco com olhos claros e pele despigmentada.
Pelo acima descrito, se pensa adquirir um Bouledogue Francês procure um criador certificado, que cumpra o estalão oficial da raça estabelecido pela FCI, só assim terá a certeza que adquire um exemplar de qualidade e saudável.
Por: Pedro Maia do afixo “Santo Thyrso Village”
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