Os exemplares da raça Cão de Ursos da Carélia são muito afetuosos embora independentes, mas somente com a sua família. São reservados para todos os estranhos, mas no seu seio familiar são meigos e protetores, especialmente com as crianças.
Em família, na sua matilha, mostram um grande sentido de humor e quando se sentem felizes são extremamente afetuosos, principalmente com o seu “líder” humano.
Sendo cães primitivos e robustos, brincam como caçam: de uma forma dura e violenta, sendo que, quando não há controlo no exemplar pode ser um problema. Devem aprender a brincar calmamente com as crianças, com paciência e supervisão, tal como o inverso para evitar acidentes e nódoas negras.
Não são muito sociáveis… não querendo isto dizer que com uma boa sociabilização não sejam, mas geralmente os exemplares da raça Cão de Ursos da Carélia são muito reservados e desconfiados. A sua aparência de peluche ilude imenso por não combinar com o seu temperamento para quem não pediu autorização para tocar!
Em casa é um cão de alarme, ladra imenso! Mas não é um cão de guarda. Apesar de ter um vincado instinto protetor e territorial, não é a sua função.
Por serem muito territoriais, são cães agressivos por natureza com outros animais e bastante hostis com humanos estranhos à família, por isso, uma boa sociabilização desde cachorro é essencial. É raro atacar um ser humano, mas pode ferir gravemente e/ou matar facilmente outro animal se se sentir ameaçado.

Havurinteen Tuikku, cortesia do Canil Czech Anela (República Checa).
É um caçador mudo, alertando o tratador apenas quando tem a presa encurralada. Vivem para caçar, sobretudo animais de grande porte (como javalis, alces, veados e ursos).
Atualmente, as suas capacidades estão a ser adaptadas a outras vertentes, como Busca e Salvamento, Disc Dog, Obedience e Canicross.
Aprendem muito rápido e são super inteligentes – à semelhança do tão próximo parente, o lobo, instruem-se e trabalham por um sistema mecânico, bastante diferente dos cães “normais”. Executam na perfeição qualquer atividade desde que treinados com paciência, pois por vezes são bastante “cabeçudos”.
Não são cães “burros” ou “limitados”, pelo contrário. São extremamente inteligentes, como referido, e o que os faz “não querer” aprender é a sua capacidade de se sobreporem a quem os treina.
A sua extrema inteligência pode ser um problema para quem não tem experiência com treino canino ou só quer um Cão de Ursos da Carélia para companhia. É uma raça dura e de trabalho, precisa de ter o intelecto ocupado com algo que o satisfaça para se tornar num exemplar perfeito. Precisa de uma mão firme, mas não agressiva!
São muito propensos à ansiedade de separação devido à sua relação com o seu companheiro humano, mas não significa que não possam ser treinados para trabalhar com outra pessoa que não o tratador.
Por: Nádia Rodrigues do afixo “Da Villa Saloia”
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