O passeio é fundamental para o bem-estar do cão. Além de fazer as suas necessidades, é um momento em que é estimulado mentalmente, em que se conecta com o mundo exterior e estabelece relações sociais.
No entanto, nesta fase é preciso cumprir regras diferentes e os passeios devem durar o tempo estritamente necessário, sem se afastar muito de casa. Depois compense com mais jogos e brincadeiras dentro de casa.
Antes de sair de casa:
– Lave as mãos antes de colocar os acessórios de passeio no cão – coleira, arnês, peitoral e trela.
Durante a ida à rua:
– Faça passeios curtos;
– Escolha um local com poucas pessoas, amplo e arejado;
– Evite o contacto com outros cães e pessoas;
– Não vá a Parques Caninos;
– Apanhe sempre as necessidades do cão;
– Não vá passear o cão com o vizinho ou amigo, mesmo que isso fosse habitual!
Não deixe fazer festas ao seu cão
Não há qualquer evidência científica que os cães são ou possam ser portadores e/ou transmissores do COVID-19, mas temos de ter em conta que o vírus sobrevive durante várias horas ou dias no ar e em diferentes superfícies. Como tal, devemos considerar o cão e o seu pelo como uma “superfície”.
Exemplo: uma pessoa infetada faz festas no nosso cão com as mãos que levou à boca ou com que aparou um espirro. Podem ficar partículas do vírus depositadas no pelo. Quando mexemos no nosso cão o vírus pode passar para as nossas mãos e se as levarmos à cara, podemos potencialmente contaminarmo-nos. Não esquecer que as pessoas podem transmitir o vírus muito antes de estarem sintomáticas e que muitas pessoas podem apanhar uma forma tão ligeira do COVID-19 que não se apercebem que estão infetadas, ou podem pensar que é uma mera constipação ou gripe.
Quando chega a casa do passeio – DONO:
– Deixe os sapatos à porta de casa e use sempre os mesmos nas idas à rua;
– Desinfete o material e acessórios em que mexeu, como a maçaneta da porta, as chaves, o telemóvel e a trela;
– Lave as mãos.
Quando chega a casa do passeio – CÃO:
– Limpe as patas e o focinho do cão (e, eventualmente, a barriga no caso de cães de pequeno porte ou patas curtas) com água e o champô habitual, ou com água e sabão rosa;
– Existem toalhetes desinfetantes apropriados para animais, com clorohexidina ou outras substâncias antissépticas, mas são menos eficazes;
– Não use álcool, álcool gel ou outras soluções desinfetantes de humanos, pois pode causar lesões na pele e pelo do cão.
– Não devem ser usados toalhetes à base de água (próprios para bebés).
É particularmente importante ter cuidado com a limpeza das patas e com o que usamos para tal, pois este procedimento será feito várias vezes por dia. Além disso, os cães transpiram pelas almofadas das patas, por isso é importante mantê-las em boas condições de higiene e hidratação.

Lave sempre as mãos antes e depois de tocar no seu cão.
Cuidados em casa:
– Lave as mãos antes e depois de tocar no cão;
– Lave as mãos antes de lhe dar as refeições;
– Lave as mãos depois de recolher as suas fezes;
– Evite abraçar e beijar o seu cão;
– Evite partilhar alimentos com o seu cão.
Animais de interior, sem acesso à rua:
– Deve lavar as mãos antes de tocar no animal;
– Não é aconselhável que os animais tenham acesso ao vestuário e calçado usado pelo dono fora de casa.
Pessoas suspeitas ou em isolamento:
– Considere tudo o que foi dito anteriormente;
– Evite o contacto com os animais da casa;
– Se estiver sozinho utilize máscara e luvas sempre que interagir com o cão.
No caso de a pessoa ter testado positivo ao COVID-19 ou estar em isolamento, não pode sair de casa e tem de ter ajuda para os passeios do seu cão.
No dia-a-dia, a recomendação para todos é: lave bem as mãos antes e depois de mexer nos animais de companhia para evitar que eles se tornem um vetor de transmissão da doença, apesar de não os afetar a eles.
E nunca é demais reforçar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há evidência de que animais de estimação, como cães e gatos, possam ficar doentes ou transmitir a COVID-19. Não abandone o seu animal com receio disto!
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