O Cão Lobo Checoslovaco como cão de companhia

O Cão Lobo Checoslovaco está a ganhar popularidade como cão de companhia, contribuindo para isso a sua necessidade gregária.

Cada vez mais pessoas ganham entusiasmo em ter por companhia um “lobo” que o considera como presença fundamental no seu raio de visão. O companheirismo e cumplicidade que demonstram ao longo da vida torna-os a “sombra” dos donos.

Desenvolve uma relação social muito forte não apenas com o seu dono, mas com toda a família. Inclusivamente admitem a posição privilegiada das crianças e deixam-nas, tal como aos cachorros, fazer determinadas ações que não permitiriam a adultos ou outros cães.

É muito brincalhão e emotivo. Tem a capacidade de passar da mais profunda sonolência a um estado lúdico explosivo num piscar de olhos. Por outro lado, também aprecia momentos de descanso ao lado da família, mesmo nas noites de Inverno, quando o calor da lareira os incomoda, eles irão manter-se junto dos donos tal é a sua dependência do grupo.

É muito dependente da nossa companhia e comando. Um Cão Lobo Checoslovaco sem um líder fica perdido e confuso. Necessita de liderança e companheirismo. Sendo assim, é fundamental conhecer a sua linguagem e ter uma atitude assertiva. Devemos ter alguma experiência com cães. Precisa de se sentir integrado num grupo organizado com um líder válido à sua frente.

Para eles a solidão é o pior castigo. Nas famílias onde todas as pessoas saiam de casa em simultâneo é fundamental existir outro cão com o qual possa interagir. A solidão perturba-os ao extremo e pode levá-los à “ansiedade por separação”.

Afinal, para eles o dono é quem toma decisões na alcateia e a partir do momento em que uma instrução é compreendida, é cumprida. Mas deve fazer sentido. Ou seja, se perdermos a coerência frequentemente, o cão irá questionar a nossa capacidade de liderança e poderá tentar assumir o comando do grupo.

Não devemos humanizar este comportamento. Devemos manter em memória que eles só conhecem uma realidade para viver. Um grupo organizado e hierarquizado. Neste, as decisões do líder são fundamentais para a sobrevivência e segurança de todos. Se o líder se mostrar inconsistente, o grupo irá decidir que ele não é um bom líder e será destituído.

Não quer isto dizer que o animal se irá tornar agressivo com o dono. Eles têm formas de assumir a liderança sem esse desperdício de energia. Pura e simplesmente tornam-se desobedientes, independentes, teimosos.

Não cumprem as instruções que já tinham aprendido, teimam em deitar-se no nosso canto do sofá, colocam-se à nossa frente a interromper a passagem, teimam em sair primeiro de casa quando os levamos a passear, puxam insistentemente a trela tentando decidir o rumo do passeio, etc. Todas estas reações são lógicas se pensarmos que o dono foi destituído.

Por: Miguel Félix, do afixo “Lugar do Poço”

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