21 de setembro | Dia do Panda-vermelho

No dia 21 de setembro, o Jardim Zoológico assinala o Dia Internacional do Panda-vermelho com iniciativas para todos os visitantes, revelando curiosidades sobre a espécie.

O Panda-vermelho (Ailurus fulgens) é  conhecido pela sua cabeça redonda, focinho curto, orelhas triangulares, cauda espessa e pelo vermelho, que se confunde com o musgo encontrado nas árvores onde vive, no seu habitat natural.

A espécie está classificada como “Em Perigo”, pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), uma vez que a sua população global diminuiu 50% nos últimos 20 anos. Estima-se que existam apenas 2.500 na natureza.

Os Pandas-vermelhos são animais arbóreos que habitam em florestas tropicais e de bambu, maioritariamente nas montanhas do Nepal, Índia, Butão, China e Mianmar (Birmânia), adaptando-se às temperaturas baixas do seu habitat, utilizando a sua cauda como cobertor. Caracterizam-se por serem mais ativos no início da manhã e ao final da tarde, comunicando entre si através de linguagem corporal e de uma grande diversidade de ruídos.

Apesar de serem animais solitários, na época de reprodução, entre janeiro e março, é possível encontrar casais de Pandas-vermelhos. A sua reprodução em habitat natural é muito difícil uma vez que a fêmea só está recetiva durante um curto período de 12 a 36 horas por ano. Esta característica associada à destruição de habitat como consequência da desflorestação, a caça, o comércio ilegal e a agropecuária, dificulta a recuperação da espécie. Também as alterações climáticas são um fator de alarme, destacando-se as secas cada vez mais frequentes, quedas de neve e inundações.

Cerca de 80% da sua alimentação é composta por bambu, suplementada por frutos, bolotas, raízes, ovos e pequenos lagartos. Tem ainda uma classificação taxonómica controversa, em virtude da dentição de omnívoro, tubo digestivo de carnívoro e dieta essencialmente herbívora.

Sabia que as marcas no seu focinho, ‘marcas de lágrimas’ avermelhadas, que se estendem dos olhos até ao canto da boca, servem para proteger os olhos do sol? E que o branco “quase luminescente” do seu focinho pode guiar as crias perdidas da progenitora na escuridão?

No dia 21 de setembro, descubra esta e outras curiosidades em encontros com educadores junto à sua instalação, observe a alimentação nos momentos de enriquecimento ambiental, participe nas atividades de artes plásticas para as crianças e deixe-se sensibilizar para a necessidade de conservar a espécie.