O Pug é um cão de origem chinesa, sendo a raça muito apreciada pelos imperadores chineses. Os cães imperiais eram mantidos de forma luxuosa e guardados por soldados. A raça espalhou-se pela Ásia e no Tibete os monges tinham o Pug como cão de companhia nos mosteiros.
Uma lenda que persiste sobre a raça é que na antiga China foram originalmente criados para caçar leões. Este mito do Pug como caçador de leões é fundamentado pela estatuária tradicional chinesa.
Os europeus observavam essas estátuas de guardiões-leões nas cidades chinesas onde estabeleciam ligações comerciais e referiam-se às mesmas como “Foo Dogs” ou “Lion Dogs”. O que levou a que as raças de cães orientais que apresentavam semelhanças como essas estátuas começassem a ser chamadas de “Foo Dogs”, como o Pequinês, o Shih Tzu e o Pug, por exemplo.
Os comerciantes da Dutch East India Company (Companhia Holandesa das Índias Orientais) trouxeram o Pug para a Holanda por volta de 1500, tornando-se uma raça muito admirada neste país, onde também é chamado de Mopshond ou Mops. A partir da Holanda, a raça Pug espalhou-se por toda a Europa.
A raça tornou-se o cão oficial da “Casa de Orange” (a Casa Real Holandesa) em 1572, depois de um Pug chamado “Pompey” ter salvo a vida de William I, conhecido como Prince of Orange, alertando-o da presença de estranhos na sua tenda, durante a sua campanha contra os espanhóis. Segundo conta a história, “Pompey” ouviu ruídos e começou a ladrar e a arranhar, saltando para a cara do dono para o alertar do perigo.
A raça chegou a Inglaterra quando William III, e a sua esposa Mary II, viajou da Holanda para assumir o trono em 1688, acompanhado por vários exemplares.
Os Pugs chegaram a França mais ou menos na mesma altura. Em França a raça era conhecida como Carlin. Numa alusão a um ator que representava a personagem de Harlequim, de máscara preta. O Pug mais conhecido em França foi “Fortune”, a cadela de Josephine Bonaparte, esposa do imperador. Conta a história que “Fortune” mordeu a perna de Napoleão na sua noite de lua mel.
A crescente popularidade do Pug nos anos 1700 deve-se em parte ao seu porte e temperamento, mas também a ser uma raça “rara” e não podemos descartar o facto das coisas chineses serem uma moda na época.
No século XIX o Pug cresceu em popularidade em Inglaterra sob o patrocínio da Rainha Victoria, que fez criação da raça. As cores preferidas da Rainha eram o apricot e o fulvo. Esta passou a sua paixão pela raça a outros membros da família real, incluíndo o seu neto George V e o seu filho Edward VIII.
De facto, a raça foi apreciada por muitos monarcas europeus e artistas. É interessante ver a sua presença na arte, retratado quase sempre como cão de companhia. Em muitas dessas pinturas podemos ver Pugs com o focinho, pernas e caudas mais compridos, e, por vezes, com as orelhas cortadas.
O pintor inglês William Hogarth era dono de vários exemplares. No seu auto-retrato de 1745, que se encontra em Londres na Tate Gallery, podemos vê-lo acompanhado do Pug “Trump”. Outros dos pintores que retratou a raça foi Goya, em Espanha.
Em 1883 foi formado o Pug Dog Club, em Inglaterra. A edição de março do Kennel Gazette publicou as regras e o Estalão da raça do recém formado Pug Dog Club. A primeiro Exposição deste Clube foi em 1885. O Clube ainda existe, tendo cerca de 1.500 membros e organiza três Exposições por ano.
A raça chegou aos Estados Unidos durante o século XIX. O American Kennel Club (AKC) reconheceu a raça em 1885. O Pug Dog Club of America foi fundado em 1931 e reconhecido pelo AKC no mesmo ano.
Aa raça passou por várias mudanças desde as suas origens. Depois de um período de declínio na sua populariedade, surgiu um renovado interesse por esta raça, graças ao trabalho de seleção de vários criadores um pouco por todo o mundo.
Como curiosidade, em 1981 o Pug “Dhandys Favorite Woodchuck” venceu o Westminster Kennel Club Dog Show, que se realiza anualmente em Nova Iorque (EUA) desde 1877; e o Pug “Double D Cinoblu’s Masterpiece” venceu o World Dog Show 2004 que decorreu no Rio de Janeiro (Brasil).
Clique AQUI para voltar ao artigo principal.