O Oceanário de Lisboa celebra, já no próximo dia 25 de abril, o Dia Mundial dos Pinguins. Com o objetivo de promover o conhecimento e sensibilizar para a conservação destas aves marinhas, educadores marinhos vão estar no habitat do Antártico para dar a conhecer estes residentes tão especiais, através de diversas atividades.
No Oceanário de Lisboa, habita uma colónia de pinguins, com cerca de 30 indivíduos, de duas espécies diferentes, o pinguim-de-magalhães e o pinguim-saltador-da-rocha, sendo que a maioria já nasceu no Oceanário. Segundo o IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), o pinguim-de-magalhães tem o estatuto conservação na natureza de “Quase ameaçado” e o pinguim-saltador-da-rocha de “Vulnerável”.
Esta será uma ótima oportunidade para os visitantes do Oceanário conhecerem mais sobre os pinguins e perceber como podem contribuir para a conservação destas aves marinhas.
Os pinguins são aves marinhas que vivem em comunidade e acasalam para a vida.
Os pinguins são aves marinhas que habitam, maioritariamente, nas regiões a sul do Equador, podendo habitar em zonas ligeiramente mais a norte. São animais que formam colónias de centenas e, até, de milhares de indivíduos. Têm uma camada de gordura isolante que os protege contra o frio extremo do inverno e funciona como reserva de energia principal para a época reprodutiva, altura em que os adultos jejuam e chegam a perder 40% do seu peso.
O pinguim-de-magalhães vive no mar, na zona costeira, onde acompanha a migração do seu alimento de eleição: a anchova. Na época de reprodução, de setembro a abril, dirige-se a terra para nidificar. Quando forma um casal, mantido para a vida, põe dois ovos que, ao contrário de outros pinguins, são ambos incubados pelos progenitores. Faz ninhos em buracos forrados com penas e paus, que protegem os pintos do vento e chuva fria. Na época de acasalamento, se o pinguim-de-magalhães macho ainda não tiver uma parceira, faz um chamamento semelhante ao zurro de um burro para atrair as fêmeas solteiras. No entanto, estas vocalizações também podem ser utilizadas em comportamentos de defesa do território.
Todos os anos, em outubro, o pinguim-saltador-da-rocha regressa às encostas inclinadas, onde nidifica. Aqui, o acesso pela forte rebentação, é difícil e exige habilidade para saltar para as rochas, daí o seu nome. Cada par põe dois ovos, com alguns dias de intervalo, sendo o primeiro mais pequeno. Quando eclodem, a cria fica ao cuidado do macho, enquanto a fêmea se lança ao mar em busca de alimento. Ao fim de dois meses e meio, as crias estão prontas para se aventurar no mar com os adultos.
Fotografia: Pedro Pina