Foram transferidos para as novas instalações da associação cerca de 30 animais, havendo ainda alguns em famílias de acolhimento ou em regime de hotel “por falta de espaço”.
De acordo com o Jornal Labor, a Ani São-João – Associação dos Amigos dos Animais de S. João da Madeira, na pessoa da vice-presidente Raquel Pinho, confirmou a transferência da “grande maioria dos animais [cerca de 30]” para o Albergue para Animais Errantes, situado no lugar de Casaldelo.
Entretanto, no dia 5 de fevereiro, ao final da tarde, o executivo municipal viria a falar no assunto, em reunião de câmara, na sequência de uma intervenção de Ana Couto. Esta munícipe sanjoanense contou que havia passado “por lá e viu o espaço cheio de água e lama”, perguntando, de seguida, “se a câmara pode resolver o problema”. Na ocasião, ainda chamou a atenção para “o contraste entre os materiais com que foram construídos o edifício principal e as boxes”.
Em resposta, Jorge Sequeira informou que “o processo de mudança dos animais já aconteceu e que estão a concluir os processos administrativos”. Quanto ao “problema”, que o Município garantiu já à Ani que vai resolver, o autarca explicou que “a grande quantidade de chuva, juntamente com um problema de nivelamento de terras, levou à acumulação de água e lama no albergue”.
Ao jornal Labor, Raquel Pinho disse que até ao momento não tinham feito “grande divulgação”, inclusive na página do Facebook, porque “ainda não temos logística para que a funcionária possa tratar da mudança e atender as pessoas ao mesmo tempo”. A responsável diretiva referiu também que há animais que ainda não foram transferidos para o novo equipamento municipal “por falta de espaço”, encontrando-se, neste momento, em famílias de acolhimento ou em regime de hotel.
Segundo Raquel Pinho, faz parte dos planos da associação fazer, “mais tarde, um melhoramento ao nível de espaço de recreio, com vegetação e uma divisão para separar os animais consoante a sua dinâmica dominante ou submissa”.
Além disso, é objetivo, para além do tão almejado gatil, “construir mais boxes” para cães do que as que existem presentemente (12). Aliás, na sua opinião, “têm área para duplicar o número de boxes atual”.
Recorde-se que o projeto de construção do Albergue para Animais Errantes, no valor de 80 mil euros, apresentado por Teresa Oliveira, a título individual, mas com o intuito de ser para a associação que preside, venceu o Orçamento Participativo Municipal já em 2014.
Mas a verdade é que só hoje é uma realidade, passados cinco anos, alguns “problemas de entendimento relacionados com o terreno e com os materiais usados no edifício central do albergue” com o anterior executivo e um maior investimento do que o inicialmente previsto. Contas feitas por alto, foram investidos cerca de 100 mil euros.