A origem do Husky Siberiano remonta à tribo Chukchi do norte da Ásia, onde foram desenvolvidos como uma raça de cães com extrema resistência, força e velocidade para puxar trenós e perseverar num clima agreste.
O Husky Siberiano chegou aos EUA no outono de 1908 e, ao contrário de outras raças, não seguiu o caminho habitual das rotas comerciais, esta raça desconhecida entrou pela “porta dos fundos”, muito provavelmente no ponto onde as Penínsulas da América e da Ásia quase se juntam.
Importada por William Goosak para uma aldeia chamada Nome, no Alaska, esta raça entrou como concorrente em várias corridas de trenó, onde desde cedo não causou reação aos oponentes por serem tão diferentes do tipo de cão que, na altura, era usado para estas corridas: cães com longas pernas e uma estrutura forte.
O Husky atingiu a sua popularidade como cão de corrida em 1910 pela sua resistência, força e velocidade em corridas de longa duração.
Em janeiro de 1925 a aldeia de Nome foi atingida por uma epidemia. Sem meios para ir buscar medicamentos e cercados por uma tempestade, coube a uma equipa de Huskies, liderada por Gunnar Kaasen como condutor e com “Balto” como líder da equipa canina, levar os medicamentos à aldeia.
Estátua do cão “Balto” no Central Park. (Foto de Luiz Antônio Maciel)
Em homenagem a “Balto” e a todos os cães de trenó, foi erguida uma estatua em Central Park, Nova Iorque e, assim, nunca caíram no esquecimento estes heróis que salvaram numerosas vidas.
Em 1930 a raça foi reconhecida pelo American Kennel Club e o seu estalão foi desenvolvido, dando assim origem ao atual Husky Siberiano.
O exemplar que teve um impacto preponderante nesse desenvolvimento e deu origem ao Husky “moderno” nasceu a 23 de maio de 1974, chamado “Innisfree’s Sierra Cinnar”, criado por Sarah Higginbotham & Michael Burnside, propriedade de Kathleen Kanzler (do afixo “Innisfree Siberians”).
Exemplar “Innisfree Sierra Cinnar”. (Foto de Kathleen Kanzler)
Este cão foi considerado uma lenda, por ser o melhor Husky Siberiano da América em 1977, 1978 e 1979 e foi o único a vencer o Best in Show (Melhor Exemplar da Exposição) na prestigiada exposição americana de Westminster, em 1980. Encontramos “Cinnar” no Pedigree dos Siberianos da atualidade.
Texto e fotografias: Yoan Marques e Tânia Amaral, do afixo “Hiyouton”
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